Viajar, inesperar o esperado…viver a expectativa na sua plenitude…
Os passos se atropelam na calçada da Avenida Paulista, meu cérebro atropela os muitos pensamentos que disputam a primazia de concretizar-se. Vou até a Editora combinar detalhes do próximo livro. Idéias surgem coloridas, dando vida à sala cuja janela mostra a chuva refrescando a quentura do dia. Sexta fim de expediente: trens, metros, táxis, calçadas lotadas de gente de todos os estilos, todas as tribos, disputando um canto para encostar o cansaço da semana. Ao sair de Vitória/ES pequena charmosa do Sudeste em direção a Sampa cidade da garoa, cosmopolita que convive em harmonia com a diversidade e por que não dizer adversidade, já enxergo a Livraria Cultura, as exposições do MASP, a Pinacoteca, Museu da língua Portuguesa e as descobertas que se sucedem a cada nova empreitada.
Mais um fim de semana para desfrutar de Yani, o inigualável concertista grego que ama o Brasil e fica estupefato sem querer abandonar o palco quando ouve a brasileirada gritar seu nome inúmeras em alto e bom som.
Recomendo ao menos uma vez por ano uma vivência em SAMPA.
No aeroporto Congonhas o suspense de malas que não chegam. E a minha no meio das atrasadas. Espero, faço graça e penso na Copa em Junho e Julho. Não desfrutarei dos momentos da Copa pois estarei em Lisboa e depois em Paris para reciclagem, estudos e novos aprendizados. Mas, de qualquer forma, me preocupo bastante com os percalços que os turistas poderão enfrentar.
Uma profusão de possibilidades, Miguel Falabella estreando no teatro Procópio Ferreira, o mesmo que trouxe TIM MAIS. Elis, Fagundes, Flávias, peças e mais peças.
Paro no Sujinho para um almoço inigualável: a famosa bisteca ao ponto, queijo de bufallo, pão de sal e uma deliciosa saladas de repolho ao vinagrete. Uma delícia!
Hotel lotado, acomodo a pequena mala amarela recém comprada para a nova leva de viagens. A outra quebrou…
A 25 de março no dia seguinte após um delicioso café da manhã no Mercado Municipal, repleta de pessoas comprando tudo. As estátuas que param as pessoas diante de performances maravilhosas e inesperadas.
A noitinha uma chegada na Bella Paulista, seguida da sempre caminhada na Avenida Paulista, cheirando o cheiro da garoa, dos passos, dos sentimentos que gritam de dentro das pessoas.
De novo: Viagem é permitir-se sair sem nada levar, apenas o necessário. Roupa muita atrapalha, se faltar compra por lá. Livro pesa, mas é bom, faz companhia, ajuda a cochilar. Conhecer gente nova ajuda a ver os tesouros que temos renovar esperanças e não se lamentar. Viajar no espaço, no corpo, na mente, no que os sentidos conseguem alcançar.