Estava convicta de que o último post havia sido ´publicado em torno de Junho e Julho e eis-me aqui, assustada…surpresa e exagerando mesmo: horrorizadaaaaaaa.
Cinco, quase seis meses passaram e nada compartilhei. Como ser escritora sem escrever? Impossível!
Outra pergunta importante seria: é fato que não haveriam palavras significativas ou meramente cotidianas neste espaço de tempo?
Definitivamente simmmmm. Muitos eventos, olhares, energia investida, surpresas, frustrações, distanciamentos, aproximações, ganhos, perdas, sorrisos e lágrimas, Tudo muito intenso e denso, a ponto de extinguir toda a vontade de escrever. Uai, mas não seria exatamente o contrário? Sim, óbvio.
E o que aconteceu, para o que deveria ter acontecido, não acontecer?
Priorização equivocada? Ausência de tempo? Muitas prioridades? As questões elencadas não satisfazem, tampouco justificam a questão mor.
Ocorre que existe algo, chamado esquecimento (não foi o caso), e outra denominada preguiça (também não foi o caso), mas a importabilidade (palavra nova, aproveitando a onda d@s “lidade” a saber: sustentabilidade, alterabilidade e assim por diante…). A habilidade de dar importância ao que tenho como fragmento, ou melhor perspectiva de uma vida profissional, uma caminhada, trajetória, percurso (pura sinonímia).
De agosto a outubro, enquanto professora – sete disciplinas para lecionar às terças até sextas a noite; quintas e sextas pela manhã e mais preparo destas aulas, estudos, trabalhos, lançamentos de notas e faltas. Enquanto aluna – cinco disciplinas para ler, preparar seminários em observância ao projeto de doutorado.
Consultório as terças e sábados, palestras, treinamentos e consultorias realizados e em processo. Ah…e as participações (análises, palestras, cursos, seminários, colóquios) para reciclagem contínua, muito importante para o currículo Lattes, sobretudo neste momento de pontuação e créditos.
Além dos papéis profissionais acima mencionados, temos ainda o papel da mulher cidadã, mãe, esposa, amiga, filha, sobrinha, colega de turma.
Este post é uma ação muquerelante? (nomenclatura apresentada à mim pela Cristina Santos quando juntas atuávamos na Escola de Governo). Um mixto de murmúrio, queixa, reclamação e lamúria?
Não, definitivamente não. Esta postura não faz parte do meu modus operandi (modo de viver e operar). Mas sim uma constatação que faltando atenção ao FOCO, ao objetivo maior e que pode ser fatiado em pequenas porções e bocados, nos colocamos em uma situação de ampla vulnerabilidade e automatismo para com nossas vidas.
E é isso que importa, aplicar a importabilidade (não no sentido de portabilidade de conta telefônica, conta bancária, etc…), mas de dar importância ao que de fato tem importância.
Desta forma posso instituir uma rasa análise: investi imensa energia em algumas ações que no momento não se mostraram frutíferas. Mergulhando mais na intenção das sucessivas ações não exitosas (alcance do objetivo), observo que me situei de forma esquiva e fugindo de situações que não apreciaria confrontar sem antes preparar-me par as consequências.
Neste sentido o postergar, tornou-se uma estratégia eficiente de ajustamento e adaptação social, frente aos temas que vinha entrando em linha, em contato.
Convido portanto, cada um de vocês a investigar nas suas intenções e ações os motivos pelos quais buscam quais ou tais caminhos.
Ótima segunda quinzena de outubro.