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Madrugando
O relógio digital faz tic tac, apontando para 5 horas. Escrever, não escrever pensei em Renan Machado , fisioterapeuta no Pilates Studio, pilheriando.
Atrasei 45 min, iniciando minha saga na madrugada que tanto me representa.
A queda livre da chuva, molhando plantas, umedecendo e revigorando suas raízes; deixando no asfalto o efeito modelador de cachos e nas folhas das árvores gotas que remetem aos enfeites de Natal.
Ao longe os carros correm mais que sempre governados me parece, batendo de.frente e com vontade nas poças de água que se avolumam, não tanto quanto em Vila Velha onde aconteceram duas convenções de dois partidos políticos. Um querendo ficar para consolidar; outro querendo voltar alegando que a Saúde será prioridade. Certamente vai elevar Vila Velha do nível do mar, afetando a qualidade da saúde.
Ao longe som de vozes e palavras indistintas. Encaro a brisa gélida da madrugada, me surpreendendo com minha coragem. Puxo o edredom para o lado e abro a janela. Penso nos tantos sem teto, sem cobertor, sem cama e reflito sem assistencialismo todavia com absoluto realismo sobre SE o volume de impostos devolvidos ao Estado fossem aplicados de forma devida não teríamos já mitigado está questão básica? O IPTU é proporcional portanto, a construção e garantia do teto ainda que fossem os ditos populares funcionais a partir do que se recolhe dos chamados bairros “nobres” seria a médio e longo prazo, possível. Estou em Vitória há 16 anos. Um tempo razoável para objetivar, planejar e realizar.
Sou cidadã capixaba ainda sem certificado, mas sou e o gélido do frio não poupa a derme exposta levando-me a pensar na dor dos tantos que sentem a impossibilidade da proteção ainda que básica.
A luz chega lentamente, seus passos são curtos, inicia seu trabalho de tirar os lençóis que cobrem o dia. Vai dando forma e identidade ao que antes era breu, salvo o que estava próximo das luzes dos postes.
Olho para um lado vejo a moradia de Priscilla Thompson com sobrenome de um autor inglês importante na area da história oral enquanto forma de expressão; vejo também a varanda do José Venâncio, sujeito que exala inteligência e a paz de alma. Uma, cachoeirense da capital secreta e outro linharense, terra da escritora Josmari ou vovó Malico.
Do outro lado grandes e curiosos, os dois olhos de Maruipe tentando ver no meio a chuva que neste momento se adensa, avisando que o domingo pode ser em pijamas e caldos.
Os filmes, pipocas, livros, fotos antigas certamente hoje terão destinação diferentes dos dias ensolarados.
Vou fechar os olhos, me deliciar com a sinfonia da chuva, esperando o dia virar criança uma vez que na tentativa.de tornar-se adulto o breu da noite vem e o engole. Perto o alarme do carro grita. Não, não é assalto! Mas um café já já terá seu lugar.
E a vida passa…
A juventude é algo sensacional… Desonerados de limites somos e fazemos tudo sem muito pensar. A prioridade é sentir, refestelar-se nas emoções, paixões, tesões. Totalmente iletrados na maturidade (idade madura), somos verdes, duros, resistentes, sem risco de esfolamento ao cairmos.
E assim seguimos envolvendo, sorrindo, esnobando um corpo e sentimentos sem marcas, manchas e rusgas. A promessa faz parte da nossa vida: eu te amo, é para sempre, jamais farei isso ou aquilo, a direita enoja, a esquerda atrai e consome, brigamos por tudo, por todos, somos, na nossa individualidade, parte ativa da coletividade.
Isso tudo permanece até quase os nossos trinta anos…cérebro maduro, corpo delineado, tudo grita no nosso ser. O relógio biológico conta malemolentemente cada milésimo de segundo. E nós reinando absolutos desfilamos na passarela da vida muitas vezes instituídos de poder outras apenas do brilho do dinheiro e outras ainda com muita pose e nada de dinheiro tampouco poder. Até que uma fatalidade ou novidade de vida acontece, por exemplo, nascem os filhos e em ambas as circunstâncias surge o anseio de estender a nossa existência. A ansiedade se instala e constatamos que o tempo passa mais rápido que nossa percepção consegue notar. Socorro…faltam apenas dez anos para quarentar. Mais cuidado e às vezes a busca incessante de algum entendimento do que seja esse percurso chamado vida. Uma estrada repleta de curvas e a cada curva uma surpresa, um susto, um grito desvairado, uma torrente de lágrimas, ganhos e o que chamamos de perdas, que particularmente não vejo assim. Vejo que recebemos e precisamos deixar passar situações, posições, amizades, relações, titularidades, conquistas e angústias seguidas por vezes de fracassos que se tornam combustível, energia para novas conquistas. O “xis” da questão é que não queremos “deixar passar” e aí empreendemos lutas hercúleas para manter algo que precisa ser deixado, aquietado, acomodado em um canto, esquecido, assentado.
A maturidade dos 40 ainda não é a ideal, contudo traz uma condição muito interessante, mas que não é a leveza do ser como nomeou seu livro, Milan Kundera. O discernimento de saber o que não se quer mais. Nesse momento ganhamos força para recusar o que queremos deixar fora da nossa estrada particular, da nossa individualidade ou como relata no seu livro, Eduardo Carmello, sua singularidade.
Se aos trinta você viajava com amigos para lugares não tão amados para preservação da boa amizade, aos 40 você se robustece e agradece, sabendo que para aquele destino não há o que nem porque negociar. Escolhe, quando aguenta sua própria companhia, permanecer em casa, aquietado (a), sem rancor, angústias e temor. Não se perde. Pelo contrário, ganha-se identidade, respeito, espaço, vontade própria, alma, decisão.
Aos 50 a vida fica leve…Já rodamos 05 décadas, já vimos e revimos muitos temas, questões, situações. Modas repaginadas, escândalos reincidentes, quase novos, repaginados com outra coloração, dimensão, intensidade como, por exemplo, na passeata das vadias em São Paulo quem empunhava o microfone, defendendo a legalização do aborto não era do gênero feminino – mulher. Vi como espetacular a situação: quem não concebe, quem não gera, defendendo a legalização do aborto. Considero um ato de interesse da coletividade gênero mulher, independente de pertencer e ter equipamento ou não para conceber bebês. Ato altruísta diria.
Mas voltando aos 50…hummmm . Os 5.0 nada ansiado pela maioria que luta aliado aos bisturis, fórmulas, placebos, para preservar o viço da juventude. Desculpem-me, mas o que vejo são caricaturas distorcidas de jovens. A juventude é inigualável, incomparável, inimitável, tem identidade própria, estilo e sonoridade.
Aquietem-se almas, preparem-se para preparar as próximas gerações. O corpo já requer outro ritmo, outra forma de viver, de pisar, de ouvir e lamber os beiços. Aquietem-se almas que prometem amor eterno e chegando aos 5.0 evadem das suas promessas, acordos, em busca de sentirem-se jovens, sobretudo aqueles que tem dinheiro que acreditam piamente que abrindo suas carteiras, compram tudo que orbita ao seu redor, compram o indulto da juventude, do prazer da realização. Ledo engano!
Enquanto vocês bebem juventude, os jovens bebem vocês homens e mulheres de bem que creem. Cédulas de dinheiro não contêm nem 01 grama, muito menos valor de respeito, amor, cumplicidade, apoio e quentura em dias frios. Tão somente poderá constatar o valor monetário.
Aquietem-se almas, que buscam continuamente consertar o que a natureza trouxe desfigurado em forma de transtornos, síndromes, surtos, afastamento da realidade que seja. Isso não se compra, não se encontra nas prateleiras e vocês com todo dinheiro a disposição não pode comprar equilíbrio, lembranças, sensibilidade e muito menos amizades verdadeiras.
Na juventude prometemos tudo a todos. Aos cinquenta repaginamos: aquietamos ou obscurecemos nossas melhores lembranças em favor de aventuras rasas e supérfluas, emoções, conjurações, ilusões.
Aquietem-se idosos bebes, pois é para lá que vocês estão seguindo….para um upgrade da idade adulta.
A passiva do metro
Metro é algo assim, um mundo novo que rasga a retina, movendo a iris alucinadamente como uma jogada de tênis…vão lá e vem cá. Do nada surge uma figura emblemática, fulgurosa, brilhante…caminhando a lentos passos, um de cada vez, movendo lentamente o pescoço, olhando demoradamente para os que passavam à sua direita, à sua esquerda.
Acelerada como sempre, me contive e curiosa parei para contemplar aquela pessoa de cabelos pretos corte a lá Cleópatra, olhos negros sorridentes…Aqui, da minha vida corrida pensei: como alguém podia no meio daquele furacão que é o metro na Consolação, próximo a Av. Paulista em São Paulo dar-se o privilégio de contemplar, experimentar a atenção focada? Como assim?
Se ela conseguia eu também conseguiria. Mas minha mente cobrava o de sempre: rapidez, passar pela vida sem saborear de verdade os momentos. Apenas passar a língua na farta mesa de sabores à disposição e correr como o Coelho do mundo de Alice em um país repleto de tudo menos de maravilhas.
O exercício tornava-se difícil mas valentemente insisti. O coração saindo do estado taquicárdico, a respiração sempre ofegante amainava, eu eu quase encostando na parede para ver a tal passar.
Vendo pelos olhos dela, nada se lhe escapava…a cor do batom, a gola da camisa, a cor do tênis, o ritmo, as angústias até.
Contemplar a vida, as pessoas, o ritmo delas, estabelecer empatia não é para qualquer um, mas para aquela pessoa a princípio vista possivelmente como passiva, inerte, é pura possibilidade.
Enxergar o que está para além é talento de poucos até porque esse conteúdo concorre em número, gênero e grau com os vários estímulos que se interpõem entre nossa iriz e nossa mente.
Falta-me ar, falta-me foco mas combato o bom combate e volto-me ainda para a aparente passiva do metro.
Ela caminha, não ela não caminha, ela sobrevoa suavemente pelas vidas no seu entorno com aquele sorriso enigmático, movimentando as ancas como se estivesse praticando a dança do ventre em câmera lenta, o colo proeminente marcava presença, fazendo seu papel d comissão de frente com altivez. Lembrei das escolas de Samba e do carnaval. Só eu mesma…rindo por dentro e embaralhando vários temas, sinapses e interlocução mental.
Se Freud não explicar, Jung certamente o fará.
Por fim…percebo quanto de vida perco, desperdiço as vezes pela aguda pressa de tudo, de todos, o nada que crio, a linha tênue, as distâncias que se avolumam entre meu ser e o viver e aprendo com aquela mulher, uma borboleta, pousando de del, em del, estabelecendo uma relação íntima e parcimoniosa com cada pétala de flor que pousa, colorida, alegre, esvoaçante, que vive o seu viver, vivendo de fato. E você, o que faz da sua vida?
Lá Vem o Ano Novo de Novo…
Quarta feira de cinzas chegando, tarde silenciosa, fresca, pouco ruído de carros, varandas e cortinas ainda fechadas.
Esperas, expectativas. Vai ou não, fica ou não, avança ou recua, sorri ou chora, enfim, muitas e muitas questões!!!
Muito depende de cada um de nós, muito depende de outras instâncias, vontades, intenções e pensamentos e não nos cabe opinar.
Eu, você, nós queremos avançar, subir um degrau de cada vez. Falta-nos vez ou outra a ferramenta, a abordagem, a intervenção mais adequada e por isso nos perdemos do rumo certo.
Boca diz o que quer, papel aceita o que se escreve, mentes pensam livremente o bem e o mal, sabe-se lá o que? Na verdade conversar, dialogar nem sempre é possível.
Certo dia a professora Tereza Cristina, ainda na graduação em aula sobre Existencialismo destacou a importância de observarmos e percebermos não as palavras, mas as intenções solapadas por trás das palavras. O que de fato a pessoa quer alcançar por meio da palavra dita, bendita ou mesmo maldita.
Nada como ter mais atenção às nossas próprias intenções e levo desses anos vividos alguns aprendizados, tais como, quando muito se insiste mais distância se impõe entre nossa vontade e o objeto almejado; atalhos são talhos na alma que entortam nossos planos e nos levam para longe deles no momento que falta um dedo, um passo; facilidades que criam dificuldades, dívidas e toda sorte de juros; amigos algozes que insidiosamente ofertam presentes de grego os quais a posteriori nos fazem arrancar marcas, energia de toda honra possível e cabível na história de um ser humano.
Ops…o ano começa e é chegada a hora de fazer novas opções e escolhas, portanto muita atenção ao tom, som, eco e intenções que cercam uma dita ação. Muita atenção aos meios, rodeios e tiroteios. Olhos grandes para a reflexão antes de uma decisão e preparação para de forma íntegra assumir as consequências, o que vier seja como for, seja como der.
E o ano começa, depois das cinzas. E cinzas, nos remete à FENIX que mergulha, se desconstrói, se desfaz e refaz. Vamos juntos de cabeça erguida diante dos erros cometidos, decisões equivocadas, olharmos o porvir com a honra, força e fé renovadas.
Confortando um Coração
Hoje precisei retirar um coração do lugar. Ele chorava compulsivamente Um choro de profunda dor, de soluços profundos e cortantes na alma.
Ainda cedo esperançoso de superar mais um desafio, vencer fronteiras, aprender no que podia e devia melhorar.
Apresentou o que precisava e se colocou a disposição para ouvir. Atentamente registrou cada palavra que entrava pelo seu sistema auditivo. Algumas com profundo sentido, outras um burilar da superficialidade, raso mesmo, palavras umas ordenadas com absoluto sentido, outras desordenadas…sem sentido algum.
Suspense…o coração esperava em suspense. Ao ser chamado para compartilhar a leitura final, apertou-se pelos cantos daquele peito e ouviu as palavras cortando-o em fatias, moendo na máquina, batendo o martelo que ao invés de amolecer, retesou suas reentrâncias.
Silêncio longo, os pensamentos fugiram da mente que vazia ecoava o silêncio da morte, do fim, o sangue não menos despudorado foge e se esconde tão bem que empalidece a pele, revelando o estado cadavérico do coração, o pulso para de latir e geme, fazendo desfalecer o corpo que o hospedava, a visão cega, jogava-se no ar não sabendo onde chegaria.
Repentinamente como num ato de misericórdia, muitos braços, curtos, longos enlaçaram o corpo, impedindo a queda no nada. Amparado o coração soluçava a princípio tímido e numa crescente ampliando a sonoridade do seu soluçar até alcançar o profundo do todo.
Coração buscava compreensão da situação, processamento das informações e voltava ao ponto de partida. Lembrou de imagens do percurso e não via motivos concretos para o desfecho, mas estava certo de que precisaria primeiro de tudo resistir, sobreviver. Como? Não sabe ainda, mas vai ser preciso costurar seus pedaços, abotoar sentimentos, congelar emoções e seguir.
Hoje o ritmo desacelerado, quase parado, modo econômico…vagueia, andando em voltas em si mesmo não sabe o que fazer, pensar, sentir.
Silencio no recinto, nem se consegue escutar o tão conhecido tum tum do coração. Uma lágrima de granizo rola dos olhos do coração.
Feridas na Alma – Ponderações & Considerações acerca dos Presidenciáveis 2014
Domingo, dia 5 de Outubro 2014, cumprimos o dever cívico de escolher quem nos representará no papel de Presidente da República, da nossa República e ontem, assim como muitos brasileiros investi tempo, ainda que cansada e com sono, para ouvir o que traziam os candidatos.
Depois de um breve espaço minha imaginação me reportou a um lugar incomum para uma situação dessas: a infância daquelas pessoas e me vi diante de várias indagações, muitas mesmo.
Como foram aquelas crianças, em que ambiente nasceram, como foram acolhidas, educadas, confortadas, corrigidas, surpreendidas, encantadas, desiludidas, frustradas e quero começar pela frustração que nos torce, retorce contorce.
Pude enxergar cada um dos nossos Presidenciáveis. Minha percepção e imaginação coletaram juntas coisas interessantes no olhar de cada um, mas o mais importante não enxerguei: a vontade real de cuidar, de compartilhar responsabilidades com uma nação que anseia equivocadamente por um Salvador, embora saibamos que a salvação é individual e que cada um precisa cumprir sua parte sem ganância, esperteza ou vontade de se “dar bem”, não alcancei compaixão, preocupação, disposição real de dizer não a articulações nocivas por amor à causa Brasil.
Vi pessoas preparadas para dizer o que uma fatia da nação crédula na possibilidade de viver sem ônus, cercada de gratuidade em todas as instâncias; vi o esforço em adivinhar o que os desvalidos, os excluídos, os destituídos, as tantas vítimas que existem ou mesmo, as que gostam de existir e as que se esforçam para vestirem essa indumentária, afinal no Brasil esse é um dentre os melhores personagens do roteiro ‘EXISTIR” e essa destaco, é uma percepção muito particular.
Mas voltando às feridas da alma, olhando nos olhos e no olhar de cada presidenciável vi o olhar infantil aflito por agradar, desafiar, confrontar, persuadir, se arrogar de algo que na verdade traduzia um terrível medo de ser descoberto inofensivo ou mesmo ofensivo como ponderaria nosso doce querido Caetano Veloso.
Vi dor de abandono, rejeição, mágoa, verdade absoluta, desconexão, dor da desqualificação, uma herança e sina a cumprir, cascas, cascas e cascas.
Um grande ato, cena um, dois, três e as máscaras não caíram, sequer demonstraram respeito por milhões de telespectadores.
Promessas sem sentido, base ou fundamento. Negar o visível, explicar o inexplicável, justificar o injustificável, prometer, prometer, prometer.
Aécios, Dilmas, Eduardo, Everaldos, Levis, Lucianas, , Marinas, vocês representam as suas angústias, temores, vaidades, arrogâncias, mágoas, sonhos lunáticos, raivas, pirraças, rejeições, mas jamais, no meu sentimento, o povo brasileiro.
Em nenhum momento vi no olhar de algum de vocês o desejo real de servir, de compreender que somos uma nação miscigenada, diversa, calejada por tantos desmandos, corrupção e desrespeito. A história de vocês é talhada de desarranjos, marcas que depõem contra o que se entende por moral e saudável. Um usa o credo, o outro a mazela do oponente, outro acusa deselegantemente, não sabendo argumentar em fatos que possam engradecem essa nação nascida gigante. Pelo contrário, pareciam meninos birrentos, pirracentos querendo prevalecer na prova de cuspe à distância no ensino fundamental. Cada um pensando e olhando para seu próprio umbigo
Hoje vou ter um sono atribulado, pois sei que meu Brasil, nosso Brasil é rico. Sei o quanto pagamos de impostos. É um buraco sem fundo.
Sabe-se que os hospitais, por mais que sejam inaugurados não estão sendo usufruídos pelas comunidades em sua plenitude. Mais e mais unidades inauguradas, menor a competência física e profissional para acolher os necessitados. As lacunas são preenchidas por empresas de saúde que se torna na atualidade um segundo engodo.
Sabe-se que as escolas públicas sejam estaduais ou municipais remuneram insuficientemente quem é responsável pelo alicerce para sustentação da fundamentação do que virá a ser a EDUCAÇÃO, CIDADANIA? Educação é assim, igual a construção civil onde o plano, o projeto bem fundamentado evita problemas futuros. Se essa estratégia fosse aplicada políticas compensatórias seriam desnecessárias. Cremos na inteligência e competência de todas as etnias desde que recebam condições semelhantes ainda na mais tenra infância. Até quando nos enganaremos com termos politicamente corretos, com lutas que ressuscitam um passado por meio de compensações. O que se precisa compensar é porque não foi feito na hora que precisava.
Enquanto isso, esses temas tornam-se matérias e argumentos políticos infundados que não levam a nação para lugar algum. Os políticos brincam, aumentando seus salários a bel prazer e o salário mínimo é ínfimo. Dessa autonomia compreendo muito pouco. Pois se para ingressarem no cargo público precisam do nosso voto, como não precisam da nossa anuência para aumentar os salários deles, aprovar os orçamentos e ações?
Quanto as obras caríssimas das Câmaras, as licitações correm sem a população ser envolvida. Aonde é o freio?
Corrigir, consertar é melhor que fazer certo, dá mais dinheiro, propina, não é políticos?
Sei que os honestos são via de regra constrangidos, lesados, ficarem com cara de ah é! Como sei que quem não cumpre o estabelecido para um convívio humanamente aceitável, se rebela, descumpre normas é exaltado, inclusive ganhando muitas vezes espaço na mídia, recebendo louros e louvor, cumprindo pena em mansões com piscinas, saunas e alimentação balanceada, pagando uma multa de R$12.500 de fiança, quando na mídia aparece dizendo que tem 10 motoristas e perguntando a população se tem culpa de ser milionário, toda a cena completamente alcoolizado, ele e o filho em plena Praia do Canto na cidade de Vitória/ES. quando .
Clama-se por Justiça, mas ela, segredou que por vergonha, mudou do solo brasileiro. Hoje nos rodeia muito cinismo, desencontro, desarranjo, desvalor, vergonha.
Sabe-se que a paz, segurança não mais será garantida, pois a impunidade e os desencontros prevalecem. As instâncias federal, estadual, municipal não se complementam em prol do cidadão.
Há que se refletir sobre o poder que cabe a cada um, sobre formas escusas de agir, tão ou mais assustadoras que AQUELES que decidem viver contra a maré, pelos atalhos e caminhos da obscuridade. Óbvio que existem EXCEÇÕES, mas são EXCEÇÕES.
Resumindo, Educação, Saúde e Segurança são temas tratados como carochinha, como promessas vazias, sem uma proposta que parta da base, do real, viável, factível.
Voltando aos Presidenciáveis, digam-me como pessoas que não estão inteiras com imensas feridas na alma podem gerenciar e zelar por uma nação. De tantas pessoas e situações limítrofes?
Dia 26-10 chegando e toda sorte de pensamentos, temores, confrontos haverão de acontecer nas redes sociais, nos papos de mesa, ou mesmo sem eira nem beira.
O fato é que precisamos ser plenamente realistas e responsáveis com as escolhas feitas, caminhos e direções percorridos.
Sol, Estrada, Mar com Família nuclear e Boas Amizades
Se existem coisas que amo, além de viajar e estudar (ler-pesquisar) é dirigir em uma estrada em dia de sol, tendo por parceiro de estrada o mar…além, é claro da minha família (marido e filha).
Acordar com o céu ainda clareando, ouvir os gritos alegres dos seis meninos que passam aqui na avenida onde moro, carregando os carrinhos com os quais eles vão tirar um troco é muito legal. Hoje excepcionalmente um deles parou para fazer xixi junto ao grande pé de jambo, espalhando o xixi dele nos pés dos colegas e todos gargalharam, se espalharam pela calçada. Fiquei olhando a cena e pelo canto da boca sorri….crianças, com humor, sem maldade, onde tudo vira motivo de gargalhada e diversão.
Descendo a avenida uma jovem de cabelos compridos, presos em um rabo de cavalo, casaco de cor preta e calça branca. Talvez uma enfermeira, médica residente, fisioterapeuta ou simplesmente alguém que gosta de usar calça branca.
Voltei minha atenção para o café da manhã. Delícia…sentar e conversar com o marido sempre parceiro que nessa manhã ensolarada ia aplicar provas. A filha foi para o encontro de conversação inglês e eu me diverti lendo a Teorias à luz de Karl Marx. Marx Weber, Pearson, Durkheim. Preciso entender melhor autores da Sociologia, a fundamentação desses e outros pensamentos para escrever uma boa dissertação aonde modo de viver, de produzir, classes, dominação, idéias dominantes, ações revolucionárias, política, economia e social influenciam parte do meu dissertar.
Hora avança, filha chega, saímos para providenciar coisas de casa e uma sobremesa.
Seguimos pela Reta do Aeroporto seguindo um imenso engarrafamento. Acidente? Recapeamento? Não se sabe!
Demos a volta, fomos pela praia. Ah, a praia. Amo a visão do mar verde azulado ou azul esverdeado, a faixa gigante de areia, pessoas indo, vindo, balançando o corpo no ritmo das ondas.
Paramos, compramos a sobremesa e outra vez, estrada. Paramos na escola, meu amado já aguardava e novamente estrada. Rumo a Coqueiral. O mar margeando a estrada. Seguimos alegres ao encontro de boas amizades para um almoço delicioso pelo sabor do alimento e pelo sabor da amizade que já se estende por uma década.
Respeito, afinidade, cooperação mútua, confiança, carinho e profunda admiração.
É assim que é! Sol, Estada, Mar e Boas Amizades com as quais rimos, nos enriquecemos e compartilhamos valores.
Existem coisas, aspectos, situações, grupos que dizem ser fundamentais na vida da pessoa, mas são coisas convencionadas, criadas para serem assim pois historicamente nos disseram que assim era.
Constato a cada dia: o que faz uma pessoa satisfeita, feliz é o acessível, disponível, simples e que nos acolhe a alma, embalando-a com carinho e respeito.
Contrariando a letra da música do Roberto Carlos, tem muita coisa boa que não é imoral, ilegal, nem engorda.
Ótimo fim de semana…