Sábado, um dia introspectivo, escondendo suas surpresas no céu nublado e nas gotas da chuva que caem suave, mas persistentemente. Ruim? Não, não diria que é ruim. Digo que é um convite ao recolhimento, à quietude, ao pensar ao invés de agir, contrariando o que a cultura social instalada do fazer contínuo: o produtivismo. É preciso agendas abarrotadas de compromissos, encontros e reuniões, pois essa condição denota relevância da essência e importância da existência. Todos nos querem, precisam de nós. Sem tal existência as pessoas, as empresas, a família, o mundo não respirariam….
Ai, ai…parece mais um filme de humor sem graça, de terror, fantasmagórico, imaginativo mesmo!..
O mundo gira, pelas nossas contas, que não necessariamente estão corretas, há 2020 anos. Entra século, sai século e algumas descobertas e angústias são reeditadas, com nomes e formato diferentes. Uma mudançazinha aqui, outra acolá e voilá, eis uma nova face do mesmo habitantes dos objetos, crenças, costumes e tradições.
Mas…quem precisa de novidade? Uai, quem as inventa para saciar a sede de tantos de nós próprios. Quem tem a competência de reeditar o mesmo conteúdo, fazendo pequenos acréscimos tem três olhos nesse mundo de dois.
Sim…muitas invenções, intenções, reedições e sempre, sempre me pergunto: para quem isto serve, é útil e vai gerar vantagens? Olha, sempre chego a um lugar, à alguém ou alguéns.
Sim, todo convite, toda mudança, campanha, movimento, discussões pretendem nos levar a um lugar de interesse ou de pessoas, grupos, segmentos da indústria, empresas, países, ad infinitum.
Hoje podemos dizer que desfrutamos de uma Liberdade. Sim! Mas será que é liberdade por que decidimos ou por que nos fazem decidir?
Think about this! Have a nice day!
Tag: vida corrida
2018 – Enfim dá seus primeiros passos…
Após o Carnaval o ano inicia de forma vigorosa, com todos os seus tributos e desafios. Aulas iniciando, agendas assoberbadas de compromissos sem fim que muitas vezes não levam seus donos ou donas a nenhum lugar. A necessidade de fazer mais e mais dinheiro, mais e mais patrimônio, mais e mais entulho guardado nos tantos metros quadrados ocupados de um espaço chamado: LAR que talvez não seja tão doce como os humanos apreciariam, visto que muitos não conseguem desfrutar, ter paz ou mesmo produzir.
Ano após ano, trabalha-se por necessidade ou por escolha. Não são poucas as vezes que se torna a maratona incansável, criando e sustentando um personagem que ao sair de cena, embebeda-se, se mutila, desgasta-se, se destrói nas ilusórias exigências a que se submete dia a dia.
Objetivo, meta, propósito, sentido de vida? Sim, sim, sim. Cada um desenha o seu próprio, usando estratégias, ferramentas, instrumentos que apreendeu ao longo da sua vida ou dispõe desde que entrou em contato com o ambiente e consigo mesmo.
Descolar, desapegar, desonerar-se do que a sociedade nos impõe ou que nos impomos (in) voluntariamente?
Nossa imaginação cria obrigações ilusórias, além das que concretamente possuímos, a de ter que ter para compensar o ser que gostaríamos de apresentar no palco da vida. Como? Simples: Podemos viver em um espaço confortável para duas pessoas de talvez setenta metros quadrados, mas ansiamos por ter duzentos metros, decorados e caprichados de forma que quem chegar fique deslumbrado, desejando ter situação semelhante.
No âmago, o desejo é de ser aceito, pertencer, destacar-se. Qual o preço se dispões a pagar?