Sábado, um dia introspectivo, escondendo suas surpresas no céu nublado e nas gotas da chuva que caem suave, mas persistentemente. Ruim? Não, não diria que é ruim. Digo que é um convite ao recolhimento, à quietude, ao pensar ao invés de agir, contrariando o que a cultura social instalada do fazer contínuo: o produtivismo. É preciso agendas abarrotadas de compromissos, encontros e reuniões, pois essa condição denota relevância da essência e importância da existência. Todos nos querem, precisam de nós. Sem tal existência as pessoas, as empresas, a família, o mundo não respirariam….
Ai, ai…parece mais um filme de humor sem graça, de terror, fantasmagórico, imaginativo mesmo!..
O mundo gira, pelas nossas contas, que não necessariamente estão corretas, há 2020 anos. Entra século, sai século e algumas descobertas e angústias são reeditadas, com nomes e formato diferentes. Uma mudançazinha aqui, outra acolá e voilá, eis uma nova face do mesmo habitantes dos objetos, crenças, costumes e tradições.
Mas…quem precisa de novidade? Uai, quem as inventa para saciar a sede de tantos de nós próprios. Quem tem a competência de reeditar o mesmo conteúdo, fazendo pequenos acréscimos tem três olhos nesse mundo de dois.
Sim…muitas invenções, intenções, reedições e sempre, sempre me pergunto: para quem isto serve, é útil e vai gerar vantagens? Olha, sempre chego a um lugar, à alguém ou alguéns.
Sim, todo convite, toda mudança, campanha, movimento, discussões pretendem nos levar a um lugar de interesse ou de pessoas, grupos, segmentos da indústria, empresas, países, ad infinitum.
Hoje podemos dizer que desfrutamos de uma Liberdade. Sim! Mas será que é liberdade por que decidimos ou por que nos fazem decidir?
Think about this! Have a nice day!
São quase 11 horas de 03 julho 2020
Repito, são quase 11 horas, do dia 3 de julho de 2020. A pandemia na pessoa da quarentena evidencia e marca um tempo que para alguns passa muito lentamente, para outros não passa e ainda, para outros tantos o tempo castiga os anseios e desejos sem passar. O que ocorre com a humanidade e com os humanos, tão desencontrados de si mesmo e do conforto do tempo previsível? Um tempo que indicava a hora de despertar, levantar, fazer higiene, se alimentar, ir para o mundo matar um leão (metaforicamente).
Esse é um tempo que findou. Já não existe, tampouco existirá! Agora, vamos ao que será o novo “normal”. Existiremos como filmes vistos na década de 1990, como por exemplo, Matrix, onde o jovem se assusta com a condição de ser conectado a cabos, o que o leva a perceber a realidade paralela e virtual. Onde existiremos agora? Seria virtualmente? Nosso corpo sofrerá o impacto, atrofiando-se? Precisaremos de mais fisioterapeutas, nutrólogos, nutricionistas, psicólogos, educadores físico, massoterapeutas, osteopatas para evitarmos a forma “caixa” de ser, quadrada, rija e fixa? Correremos por florestas conectadas em nosso cérebro ou mesmo nos óculos realidade virtual que nos permitirá atravessar o deserto de Atacama sem transpirar uma gota sequer ou caminhar pelas praias das Maldivas?
Nossas famílias, adotarão a rotina das refeições de fim de semana, usando comida 3D, desafiando odores e sabores (amo essas palavras) e mandando entregar os pratos sem contato físico? As amizades clamarão pelo telefone fixo (1876) e repetirão o ritual de andar pela casa conectados pelos cabos espiralados tão desconfortáveis; os amores terão chance de “ficarem” virtualmente. Será que a condição “ficante” vingará virtualmente, ou as pessoas retomarão ao idílio de se conhecerem mais e melhor, antes do toque, da naturalização do casual, raso e superficial. Do quantitativo, depreciando o qualitativo?
E os trabalhadores formais que se aglomeram em transportes precários dia após dia, expondo-se a riscos e desconforto, que podemos considerar sobre-humano? Como faremos para transformar e reorganizar a sociedade de analógica, para digital? E como paramentar adequadamente uma população de quase 209 milhões de habitantes (perspectiva IBGE)?
Não se vê uma fácil empreitada do COVID-19 para adiante…não mesmo. As autoridades governamentais, precisarão se esforçar muito para pensar fora da caixa do colonialismo, se desonerarem dos séculos do jugo sobre o povo e desapegar da política do auto beneficiamento. Ao invés de 40 milhões depositados em contas na Suiça. Esse é um tempo que precisa ser extinto, o tempo das vacas mirradas para o povo que constrói com seu suor, trabalho o Brasil.
Nosso desafio agora é proporcionar aprendizagem para o novo “normal” que precisará contar com pessoas que desejam aprender, se responsabilizar e gerenciar as consequências, enfim sair da alienação do “deixa a vida me levar”, fragmento de música, cujo ritmo é (até) agradável, porém quando aplicado à vida, torna-se um abalo sísmico, como o que aconteceu, segundo meteorologistas, no Espírito Santo hoje.
Pois então, é isso! Nos vemos em beve…virtualmente, é claro!
QUARENTENA OU SESSENTENA?
Essa Crônica concorreu ao concurso do Clube dos Autores. Não levou! No entanto,compartilho, pois me diverti ao escrevê-la.
Olhei para os lados e nada vi, apenas o tempo que pediu férias. Meu tempo pediu férias, imagine que absurdo. Ele disse: faça o que quiser, como quiser, na hora que lhe for conveniente e na minha agenda que nada cabia, adentrou minha família, até a gata Russa que de fato tem aproveitado quarentena. Ela abre os olhos lentamente, se alonga com primor e ulalá, volta a dormir.
E nós, olhamos um ao outro, somos em três, aspiramos todo o apartamento, preparamos pratos esteticamente elaborados, gargalhamos de coisas que antes do tempo entrar de férias, nem percebíamos. Seguimos protocolos de entrada e saída. Tira calçados na porta grita um, deixa as roupas no saco plástico ao lado da máquina de lavar, olha o roupão pendurado no varal grita o terceiro. Sempre surgem apoiadores parecendo vassouras automáticas, ágeis que só, borrifando álcool em toda área de forma que o COVID-19 se entrou, não permaneça, fique tonto e se lance no vazio do inexistir. Afinal, inimigo ele é, isso é certo.
Em outros tantos momentos dançamos, caminhamos, saltitamos no espaço de cento e dez metros quadrados e brincamos de pique. Essa parte é perversa, pois o tal do joelho que me sustenta, trava nas horas que mais preciso dele. As juntas de uma quase sessentona arranham, gritam por piedade e eu a ignoro, mas não à dor lancinante. A paisagem do calçadão, do mar, dos navios também parados, o reduzido volume de carros, denuncia que podemos agora cumprir nossas promessas não cumpridas pela presença de uma abarrotada agenda, muitas vezes sem sentido ou significado.
Pelas telas do notebook, celular e tablet acompanhamos o cenário externo, tão diferente desse que estamos vivendo. Lamentos, sobrecarga, fadiga, o mundo e suas demandas a nos engolir e agora nos expele em uma golfada longínqua e nós ficamos aqui estupefatos, a perceber o que nos rodeia, o canto do colibri, a brisa, o cheiro do mar, as vozes dos amantes adensadas pela emoção do encontro, a preguiça, a leitura preguiçosa em uma tarde de domingo que se demora a avançar, deixando para trás a neurose da segunda pela manhã de tantos seres humanos, não para nós, caseiros que somos, trabalhadores que gostamos do nosso ofício e gratos pela vida que decidiu passar mais lentamente em pleno século XXI e somente a tecnologia nos permite ir de lá para cá, ver as pessoas, afagar amizades, pedir alimentos, medicamentos, ensinemos nossos alunos, escutemos nossos clientes e enfim nos reportemos a espaços como se holografia fossemos. Estamos cá, lá em nenhum lugar porque o tempo se foi de férias e sabe Deus quando retornará!
Análise do viver! Entre semeaduras e colheitas…
Distinto do curioso caso de Benjamin Button, nossa vida surge em um pequeno corpo desprovido de autonomia para atender as necessidades mais básicas de um ser humano. Nos penduramos então, nossos braços e pernas nos adultos que nos cercam, que em algumas circunstâncias por ausência de conhecimento, ou mesmo de sabedoria, não nos suportam adequadamente. Suportar aqui, no sentido de sustentar, apoiar, orientar, proteger, intervir, intrometer mesmo!
Seguimos o viver engatinhando entre aprendizados e sustos, avanços e escorregões, quedas e saltos. Muitas vezes com uma perspectiva irreal da vida, distanciada dos fatos, tanto que, levariam Augusto Comte a uma síncope, pois foi ele quem discutiu e estabeleceu a necessidade do embasamento científico. Na impossibilidade diante, muitas vezes, da irresponsabilidade ou negligência, viver a partir da realidade dos fatos, já faria uma imensa diferença.
Nesse percurso, alcançamos a adolescência repleta de dramas, excessos, provas de identidade, confrontos, distanciamentos, perdas e desespero, além dos traumas e complexos, a semeadura ainda não iniciada, pois em meio a tantos fatores e eventos, a cabeça bate de cá para lá, e de lá para cá. É uma fase difícil que precisamos provar para alguém, que não sabemos quem, da nossa infinitude, força, sapiência, importância, capacidade de sedução, de fazer amigos ou ao menos de sobreviver em meio aos embates da família, que muitas vezes é um retrato de uma indelével desestruturação. Nesse ambiente nocivo à melhor estruturação das nossas construções e emoções, seguimos sem semear, estudando, mas ainda sem ter a verdadeira noção de como funcionam os Continentes, as civilizações, instituições, bem como as pessoas. Muito embora, tenhamos, nos dias atuais tendo acesso importante pelo Google à história da antiguidade, Idade Media, Era Moderna, e enfim, as histórias estão à disposição, Grécia com seus mitos e legado quanto a reflexão, estética e conquistas, Roma no processo de aculturação do sistema de crença religiosa de tantos povos, África e seus mistérios, o Japão e seu reflorescimento, após total destruição, a China suas tradições e mais de 55 etnias reconhecidas, os luteranos na construção dos Estados Unidos, enaltecendo o trabalho, as obras, o que resultou na conquista econômica, a Europa com tantas conquistas, perdas, dores e dissabores e tantos outros exemplos que nos podem fazer ao menos pensar ou supôr em como podemos aproveitar melhor tais experiências, aperfeiçoando nossa forma de perceber e nos posicionar diante do mundo. A semeadura se inicia, e quando menciono semeadura, penso em quando usamos todos os recursos, referências e modelos que tivemos contato até o momento presente para catapultar uma identidade o mais próximo da sua essência possível. E a colheita, por sua vez, será considerada na perspectiva da qualidade, excelente, a partir da forma que manejarmos tanto as sementes, quanto o cultivo das mesmas.
Na sequência se achega a juventude, quando pensamos sermos adultos. Envergamos então vestes de adultos, como aos quatro anos de idade nos divertindo com roupas dos pais ou avós. Que luta manter a máscara social de gente grande com emoções ainda tão incipientes, esmaecidas e instáveis. Nessa fase é muito provável que a semeadura ocorra com mais frequência, no entanto, as sementes podem ser ocas, quebradiças, passadas e nada ser suficientemente sólido para um bom e adequado cultivo. Num piscar de olhos, buuu, chega a tão temida adultez, com rostos sérios, contas e intermináveis compromissos que sequestram a vivacidade e alegria das almas humanas.
Veja bem, não é essa a minha verdade, a minha crença. Sempre achei a vida adulta bem interessante, apesar das responsabilidades serem de fato assustadoras. Mas nem sempre as pessoas tem essa percepção e justo na vida delas é que o fenômeno se concretiza, mais exatamente na metanoia, quando param e refletem sobre suas trajetórias e percebem que ela é uma grande farsa, vazia, nada consistente, interrompida, descontinuada, volátil.
Por isso é importante nos relacionarmos, na medida do possível com pessoas com discernimento sobre a vida e os movimentos por ela propostas. Essa colocação me remete ao que minha avó Alexandrina incansavelmente repetia: na sua sala de aula se aproxime e tenha amizades com gente que gosta de estudar, que olha as pessoas e não fala tanto. O que me garantia a paz que eu precisava para estudar.
Nós seres humanos, carecem de fato, para um melhor e mais adequado desenvolvimento psicoemocional, de um real suporte dos adultos que orbitam em torno dele. A paz, o espaço, a quietude, a condição real para pensar, estudar, treinar, errar, descobrir os motivos que os levaram ao erro são essenciais ao efetivo acerto e construção de um EU saudável. Dessa forma, em torno ou após o meio século de vida, a colheita poderá será propícia, pois investiu-se tempo, energia e aprofundamento nos temas que mereciam total atenção e persistência.
Passando para indicar um livro:
Mulher, quais teus dias?
Olho para minha imagem e busco cintura fina, mamas empinadas, coxas roliças, mais de um metro e sessenta e não encontro. Investigo se possuo uma capa ou braceletes com poderes, e não os enxergo. Pelo contrário,sinto compressão na dorsal, fruto de horas de estudo e trabalho, estrado unhas manicuradas por apreciar cozinhar para minha pequena família e sou incompetente para receber muitas pessoas. Me confundo por querer dar a mesma atenção a todas. O máximo que consigo é acolher para uma boa e magra mesa de café, pouquíssimas pessoas que considero amigas, leia-se, pessoas que participam de verdade da minha vida. O que significa o “de verdade”? Bem, são pessoas que conhecem com riqueza de detalhes as minhas dores da alma, as decepções que me fortalecem e as frustrações que me impulsionam para avançar.
Por outro lado, tenho inúmeros colegas, parcerias para trabalhos, conhecidos e clientes mais que queridos. Sou comum, como a maioria dos mortais “normais”, que aqui significa saber e aceitar a finitude. As minhas ações não se concretizam por intencionar ter ou ser exclusiva de nada nem de local ou pessoa alguma, mas para realizar meus sonhos que se tornam projetos onde estabeleço metas com prazos para que, uma a uma eu as concretize sem tomar ansiolíticos ou antidepressivos. Se já me frustrei? Nossa, perdi as vezes precisei recomeçar e colocar tijolo sobre tijolo ou destruir paredes internas do meu ser para enxergar melhor os equívocos/erros cometidos.
Ter um sistema reprodutor feminino me faz apenas ser mais cuidadosa para não pegar peso e sentar em lugares muito quentes, o que não retira a força da vida que carrego. Tenho a noção exata das minhas habilidades emocionais e sociais, do meu poder de articular, contribuindo para um tecido social saudável (palavras emprestadas da Angelita Scárdua na palestra Declínio da Mulher 07/03/2020 Espaço Nuvem Sublimação – VV). Sei da minha absurda atenção difusa e assertividade, então obviamente aplico mais adequadamente tais competências.
Quando nos conhecemos mais e as nossas verdadeiras intenções, nos tornamos seres humanos queridos ou rechaçados, agregadores ou ameaçadores, depende do seu interlocutor. Entretanto a questão aqui é ser mulher! Historicamente, e sempre defendo esse fato, fomos, somos e seremos exemplo, inspiração e referência. Não fosse assim, por qual motivo ser mulher na atualidade tornou-se alvo de muitas pessoas? Sentir como mulher, vestir-se como mulher, ser acolhido como mulher? Mas como ser mulher saudável, almejando ser e ter atributos de homem?
São muitas as questões que permeiam essa discussão, esse debate invisibilizado por séculos na humanidade, porém esta condição não é nova! Novo é a sociedade ser convidada a iluminar esse tema e de certa forma olhar nos olhos sem desviar destas questões. Ser ou não mulher nos remete a questões essenciais: nos aceitar, às nossas fragilidades e reconhecer nossa importância e responsabilidade histórica e por isso, visto bem esse traje, o de mulher. Por ser em essência, corpo e mente mulher, pude chorar todas as lágrimas das perdas que tive, pude sorrir todos os sorrisos dos meus sonhos realizados, desmaiar todas as minhas vultuosas frustrações, me encolher diante dos medos e recuar ao perceber quão significativos seriam os erros ensaiados, sejam escolhas ou decisões.
Que dia 8 de março, seja para você, o que representa o número 8 na horizontal: infinito, fluxo, equilíbrio.
Profissionais do conhecimento, não são SANTOS, para viverem de promessas!!!
Para ser convidado a fazer uma palestra, é preciso ter um bom currículo, contudo, na nossa cultura é comum, a promessa de um grande projeto para que o profissional flexibilize e faça uma palestra ou mesmo um bate papo gratuitamente, cingida da frase despudorada e de efeito: “mas… para essa ação, estamos sem verba!”
A titulação alcançada, a condição profissional diferenciada, por meio de dedicação significativa, investimento financeiro e de tempo, no nosso país são desconsiderados pelo anfitrião na maioria das vezes.
Não, não é errado, tampouco pecado ter o melhor palestrante, o mais credível que garantirá eficácia e resultados. O esforço e investimento na educação no Brasil é tratada desta forma no cotidiano empresarial, excetuando-se quando trazem alguma celebridade midiática, catando, se for o caso, até os últimos tostões dos cofres. Ocorre que tais estrelas desconhecem nossos costumes, prioridade e a dinâmica do nosso Estado.
Por esse, dentre outros tantos motivos, recomendo aos acadêmicos que jamais atuem sem serem remunerados, pois além de não serem remunerados, dão a entender que seu tempo nada vale.
Para colaborar, quero explicar aos leitores que uma simples palestra pode demandar até 20 horas de trabalho caso precise de uma pesquisa mais aprofundada. As etapas são:
- Delineamento da demanda (organizar o que ouviu junto aos demandantes);
- Pesquisar autores que afinizem com o tema e fundamentem a fala;
- Buscar imagens que colaborem na absorção dos conteúdos, comungando a fala à demanda;
- Verificar em quais pontos podemos atingir de forma eficiente o público mais visual, auditivo ou cinestésico;
- Marcar pontos durante a fala, onde podemos dinamizar, propor movimentos ao público, o qual cooperará para a consolidação da fala, ou seja, dar corpo à teoria, e por fim: a preparação (horas de pesquisa e elaboração do material), o deslocamento (combustível ou aplicativo), apresentação em si de forma bela e atrativa (trato no visual, do salão à indumentária), da bolsa ao computador, da unha aos saltos ou sapatos, da gravata à calça, ou seja, tudo mais que possa atrair o olhar do público de forma positiva, público este, que via de regra é hiper crítico, ainda mais nos tempos das mídias sociais, onde todos tornaram-se, ainda que, sem capacitação formal: auditores e críticos de todas as artes e temas.
Ocorre que, para um ser humano estudar com afinco, há um custo concreto: de tempo, financeiro (cursos, livros, viagens) e forte investimento de energia. Então, quando você desejar convidar alguém que você aprecia ouvir, inicie por uma relação de respeito e considere o tempo que esta pessoa levou para chegar onde está e sobretudo, entenda o motivo da sua admiração por ela.
Século XXI, 2019, inteligência artificial, distâncias encurtadas, autonomia, democracia, tudo isso não impede das contas (energia, água, condomínio, combustível, netflix, TV a cabo para quem aprecia, livros físicos ou Ebooks, roupas, planos de saúde, manutenção do seu lar, alimento, etc, etc, etc) continuarem chegando, portanto, os trabalhos precisam ser remunerados. Do contrário, estamos recriando a atmosfera da colonização, onde a primazia da amizade garantia espaços, participações sociais e “favores”. Pensem nisso antes de dizer: “mas…não temos verba para esta ação!”