Bom Humor. Armadilha ou Diferencial Competitivo?

 Email: escritoramariarita@gmail.com – Lattes:http//lattes.cnpq.br/0010598355435297 http://www.facebook.com/#!/maria.r.sales – https://www.mariaritasales.com.br/

Bom  do latim bônus, bôna, adjetivo. Que tem as qualidades adequadas à sua natureza! E Humor, do latim humore, pode designar tanto os quatro principais fluidos do corpo quanto a disposição do espírito que por sua vez nos remete ao uso livre de algo, ser dono e senhor…das nossas atitudes!

Bem, com isto aterrissamos no interessante e conturbado tema da matéria: Bom Humor no ambiente organizacional. Uma armadilha ou diferencial competitivo?

Compreendo como de suma importância para toda e qualquer pessoa dominar este “fluído” que externamos no embate diário das nossas vidas. Temos duas opções claras: estar bem ou mal; receptivos ou ensimesmados, encerrados em nós mesmos. É como se estivéssemos dentro dos nossos carros, dirigindo velozmente e jogando cadernos, livros, caixas janela a fora. Fatalmente acabaria atingindo outras pessoas.

Assim é o humor! Você contamina facilmente o ambiente aonde chega e, para quem nunca presenciou um confronto entre o bom e o mau humor, saibam que o bom humor amplia, ilumina, sobrepõe o mau humor que se recolhe no seu próprio pesar.

Dentro de uma organização / empresa, é de suma importância adotar atitudes equilibradas que contribuam para a cola da confiança grudar em todos os relacionamentos, proporcionando liga que gera melhores resultados. O bom humor contribui para que a confiança ocorra, a credibilidade se consolide e as relações aconteçam de forma leve e natural. Imaginem-se de seis a doze horas por dia em um ambiente onde todos estão circunspectos, rostos crispados em sua agonia, desconfiados, defensivos e pouco disponíveis. Complicado suportar por muito tempo…um ambiente adverso, pesado.

Nosso cérebro funciona melhor quando não se sente ameaçado, acuado. As sinapses/ conexões ocorrem com maior velocidade e qualidade, garantindo uma disposição para a cooperação, para o encontro e por conseguinte, predispõe as pessoas a atuarem com o que há de melhor nelas..

O sorriso no rosto é o passaporte do bom humor. Carimba aí, diz o sujeito bem humorado e parte para aquele dia munido de um documento que fará diferença em qualquer fronteira de qualquer país. O sorriso abre portas sim, transforma, amacia, nos enleva.

Veja bem, disse sorriso e não gargalhada, excesso de ruído, piadas fora de horabrincadeiras de gosto duvidosas. A palavra humor fala de comicidade, mas não de excessos que as pessoas cometem para serem forçosamente engraçadas e destroçam toda a estrutura do ambiente.

Durante uma seleção o candidato, quem é de fato, deve sim revelar seu bom humor, sem, entretanto migrar para a caricatura do mesmo, tendo atitudes que extrapolam o aceitável em um ambiente de trabalho. Penso até que o profissional de seleção perceberá sem dificuldade a “disposição individual” de cada um ali presente e a pessoa de mais bom humor decerto permitirá maior acesso às competências outras que traz na sua essência e prática de vida.
As empresas hoje têm três importantes preocupações: a de contratar pessoas que agreguem valor, que sejam comprometidas com os objetivos da empresa e que consigam estabelecer relações de qualidade, sem rusgas e nós.

Como podem ver as três estão entrelaçadas pela cola que mencionei acima que é a confiança o que redunda no importante tema que é Clima Organizacional, ou seja, a tendência, a predisposição do ambiente organizacional. Portanto, se tenho colaboradores bem humorados e com boa disposição, fatalmente meus processos produtivos serão melhores bem como os atendimentos, contatos com clientes internos e externos e fornecedores.

Há profissionais que aprenderam a associar o sorriso, o entusiasmo a felicidade a uma coisa inadequada, equivocada, infantil até, atributo dos irresponsáveis e imaturos. Mas observem que surpreendentemente a história nos mostra que as pessoas mais bem humoradas são as que possuem no seu entorno um conjunto de variáveis que conciliadas, criam um anel de força, atraindo pessoas e situações favoráveis, enquanto que o mal humorado desloca sua nuvem de relâmpagos aonde quer que vá, atraindo ao contrário situações desfavoráveis.

Historicamente aprendemos que o bom está associado ao sério e ao que é caro. Portanto qualificamos o sorriso, a alegria a condição de ser feliz a pessoas que utilizam óculos com lentes cor de rosa, supérfluas, ou seja, que vivem na superfície da vida, boiando. Com isto geramos padrões de comportamento que reforçam a crença que este modelo da seriedade, da circunspecção é o que “causa” como se referem os adolescentes ao que chama atenção, encanta.  Por esta razão o modelo “sério” de ser com seus acessórios (aparência, agenda, patrimônio, títulos) elevam os sujeitos a um status diferenciado de importância e valor. A importância é regida pelo volume de compromissos, mas isto é conversa para outra matéria.

Frente a situações adversas, guarde seu bom humor para um ambiente e pessoas mais receptivas. Sejamos suaves e discretos com aqueles que não conseguem abrir os olhos quando confrontados à luminosidade do bom humor, que preferem murmurar incansavelmente de tudo e de todos.

Na trajetória profissional conheci poucas pessoas bem humoradas. O modelo circunspecto prevalece até para garantir que o nível, o estado e condição do sujeito é diferente. Destes poucos, recordo que na vida deles prevalecia a marca do bem: bem sucedido, bem amado, bem vindo, bem promissor.

Os benefícios do bom humor no trabalho são inúmeros e mensuráveis. Quando, em qualquer empresa, o atendem com bom humor, respeito e precisão a propaganda é certa. O empresário terá um retorno fabuloso por conta das inúmeras indicações por meio dos sites de relacionamento e  quem sabe até ter um vídeo postado no youtube mostrando seu diferencial.

Ser bem humorado não significa ser uma pessoa disposta a colocar uma inofensiva rã dentro do sapato do/a colega que tem fobia de anfíbios. Ao contrário, é mostrar-se disposto, superar obstáculos, agir com sabedoria e, sobretudo elegância, pois se trata de etiqueta, de educação do conviver. É uma questão de respeito aos limites, às fronteiras indevassáveis do outro que está ali ao seu lado em inúmeros projetos na empresa.

A felicidade pode e deve ser demonstrada em qualquer lugar com parcimônia e equilíbrio. Os resultados? Exercita-se mais os músculos do rosto, a pele fica mais bonita, o cérebro mais ativo, o sistema imunológico fortalecido, a energia circula mais e melhor; as pessoas o/a recebem, acolhem com uma disposição diferenciada, enfim a qualidade de vida que se tem e que é proporcionada a  quem está no seu entorno é indiscutivelmente mais valiosa que qualquer soma em espécie.

Do que adianta completar 60 anos com um patrimônio invejável se não temos condição emocional favorável, disposição de espírito para viver e usufruir deste patrimônio?

Do que adianta ter tanto e se encerrar atrás das grades da sua alma? Fica esta pergunta para você refletir neste dia que será decerto muito agradável para todos nós.

EDUCAÇÃO, moldando o caráter da nação, aguardando publicação….

VLUU L100, M100  / Samsung L100, M100

EDUCAÇÃO, moldando o caráter da nação.

De Artífices a Profissionais – Formação e Geração de Mão de Obra no estado do ES

Bene Régis Figueiredo[1] e Maria Rita de Cássia Sales Régis[2] e José Candid[3]o Rifan Sueth

 

“Aprendizagem é mais que acumulação de fatos, provoca modificação quer no comportamento do indivíduo, na orientação da ação futura ou nas atitudes e personalidade. É aprendizagem que penetra em todas as parcelas de sua existência, ou seja, inteligência emocional”

Carl Rogers

 

RESUMO.

ESTE ARTIGO pretende trazer reflexões sobre o momento político econômico da implantação e evolução das Escolas de Aprendizes em Institutos Federais no Espírito Santo; comentar razões citadas na história para a estrutura então adotada e forma de sobrevivência a priori. Em um momento posterior comentaremos a herança e orgulho da marca que influenciou e influencia gerações. Na conclusão serão feitas considerações sobre a força versus a vulnerabilidade da marca e do ideal na atualidade.

 

Palavras Chaves: Educação, Aprendizagem, Profissionalização

 

ABSTRACT

THIS ARTICLE intends to bring reflections on the current political and economic developments in the implementation of Learning in Schools Federal Institutes in the Espírito Santo commenting reasons cited in the story to the structure and then adopted a priori way to survive. At a later time comment on the brand heritage and pride that has influenced generations and influences. At the conclusion will have some considerations about the strength versus the vulnerability of the brand and the ideal today.

 

Keywords: Education, Learning, Professional

 

Reflexões Momento Político Econômico e Implantação de Escola de Artífices

 

A fim de ingressar na então trajetória da implantação das Escolas de Artífices faz-se necessário retomar a um momento do Brasil onde a prática da escravidão tinha um fim histórico, o aumento da população nas cidades, sobretudo a pobre, dita então raças inferiores pelas teorias racistas advindas da Europa (escravos libertos, mestiços, indígenas), a solução nacional encontrada visando o embranquecimento da raça, melhorando assim nossas possibilidades como nação, a criação de postos de trabalho e o quantitativo relevante de crianças em condição de risco (desvalidos, renegados, abandonados), a rejeição do trabalho manual por ser considerado específico da cultura escrava se instalava de tal forma, carecendo de uma intervenção pontual para modificação deste cenário.

(apud.SUETH, 2009 pp 36) Rui Barbosa de Oliveira, um dos principais idealizadores do ensino industrial no Brasil dizia que “a instrução do povo, ao mesmo tempo em que o civiliza e melhora, tem especialmente em mira habilitá-lo a se governar a si mesmo”.

Todos estes, foram aspectos determinantes para a implantação das Escolas de Aprendizes Artífices em todos os estados pelo então Presidente do Rio de Janeiro Nilo Peçanha remontando o modelo do Colégio de Fábricas de 1809 criado para acolher os órfãos da Casa Pia de Lisboa que proporcionava o ensino de um ofício dentre os tantos demandados e a posteriori inseria o ensino das letras, alocando de forma digna esta população.

O foco do Presidente Nilo Peçanha foi sobretudo o favorecimento da classe proletária, oportunizando sua escolarização, profissionalização e condições mínimas de vida digna.

O principal critério de seleção para o ingresso nas Escolas de Aprendizes Artífices (EAAs) era ser destituído de recursos – “desfavorecido de fortuna”.

O Espírito Santo em 1909, figurava em plano secundário na política e economia brasileiras mesmo se destacando na produção de café. Neste período já se fazia sentir a necessidade de identificação de jovens e qualificação do proletariado em atividades que viriam a ser demandadas pela crescente população e implantação das indústrias que já sentiam carência de mão de obra. A violência atribuída à ociosidade foi uma variável que requereu dos governantes um posicionamento assertivo.

Foram muitas e distintas as variáveis as quais requeriam uma estratégia exitosa que assegurasse tanto a nação e o estado do Espírito Santo.

Estabelecido em uma zona considerada “das elites”, foi iniciado no Parque Moscoso o projeto de acolhimento de menores para a escola primária e a de desenho assim como as oficinas de Carpintaria, Marcenaria, Sapataria, Alfaiataria, Ferraria e Fundição e Eletricidade.

 

A herança e orgulho da Marca – Escola Técnica do Espírito Santo

 

O Estado Novo foi ao mesmo tempo autoritário e modernizador (Fausto, 2007: 91). Neste aspecto da modernidade diferia de regimes do tipo de Salazar, em Portugal, de um paralisante conservadorismo, ou do regime de Vichy, com seus apelos bucólicos a um idílico mundo pastoril[4].

Getúlio Vargas não poderia endossar tais pontos de vista, pois a postura nacionalista não poderia admitir que a raça brasileira fosse ameaçada pelos que constituíam a maioria do povo. A política oficial do governo assumiu a ideologia da unidade das três raças e encarou a raça como um conceito mais cultural que biológico.

O Brasil assim assumia sua condição de democracia racial trazida por Gilberto Freyre em Casa Grande e Senzala, adornando sua nação do orgulho suficiente ao confronto com os que se diziam superiores. O importante era que existia uma identidade nacional que fazia comungar costumes africanos, indígenas e brancos, fazendo com que o país se tornasse referência da convivência harmoniosa inter racial. Sabe-se que a história foi mais bem complexa e difícil do que se apresenta aqui, no entanto não cabe aprofundar esta questão.

Traz-se o orgulho, a identidade nacional para introduzir quão prestigioso era estudar na Escola de Aprendizes e Artífices de Vitória. O Jornal Diário da Manhã publicava em sua tiragem antes mesmo da inauguração da escola, os alunos matriculados. Assim principiava a trajetória dos “jovens titãs” que marca o estado do Espírito Santo até os dias atuais.

Décadas adiante o estado já contava com indústrias nos segmentos de tecelagem, metalurgia e siderurgia. A Escola continuava avançando em seu propósito, acolhendo jovens de menor recurso, hospedando-os, alimentando-os, escolarizando-os, profissionalizando-os dando condições enfim para a formação de um caráter diferenciado, erradicando a condição de miséria muitas vezes instalada nas suas vidas.

Durante a Ditadura Militar, a Escola de Aprendizes passa a ser chamada de Escola Técnica Federal do Espírito Santo, justo pela natureza de formação técnica dos cursos ofertados

Estudar na Escola Técnica era sinônimo de pessoas que tinham aptidão diferenciada, rara inteligência, com musculatura para suportar pressão, disciplina e respeito à hierarquia estavam presentes advindas da cultura militar. Uma variável que precisa ser citada aqui e que sobrepujava os demais núcleos de educação da época era a notável excelência dos professores que tinham um perfil que os distinguia da média geral.

Apesar da denominação modificada por duas vezes consecutivas para CEFETES – Centro Federal de Educação Tecnológica do Espírito Santo e por último para IFES – Instituto Federal do Espírito Santo, tendo permanecido na memória popular capixaba de forma contundente a denominação “Escola Técnica” que prevalece até os dias de hoje. Pode-se refletir de duas formas:

1) Que o período (1965 a 1999) marcou notadamente tanto os que ali estudaram quanto a população capixaba, o mercado de trabalho e o segmento industrial.

2) Que a identidade atual carece de um pronunciado e robusto trabalho de imagem exógena de forma que a força e ideal do atual “IFES” seja preservado da segregação e fragmentação pela inserção de Escolas de menor porte, tanto histórico quanto em competência técnica, as quais ganham espaço e sequestram das salas, laboratórios e oficinas do IFES, alunos, inclusive os de menor condição sócio econômica, desviando a Instituição do seu ideal primário e essencial.

 

Conclusões – Tudo junto e misturado

 

Pode-se considerar que foi indiscutivelmente um ganho real o IFES extrapolar dos seus objetivos iniciais formando artífices, técnicos para a formação do ensino superior. Cabe uma importante reflexão: O foco, a excelência e a competência dos docentes nesta condição estão sendo preservados? Acompanham a evolução?

Na teoria da espontaneidade de Jacob Levi Moreno que estudou dinâmica e grupos, quando uma imagem e uma prática estão consolidadas diz-se que tornou-se “conserva cultural”. Para alterar, modificar a permanência há que se fazer uma intervenção mantendo, no entanto a essência. Muda-se a forma preservando o conteúdo.

Há que se ter por parte de todo aquele que ocupa um lugar no universo IFES trabalhar as crenças, os motivos que o fazem permanecer na Instituição, o conhecer mais profundamente este “lugar” para que o repasse destes elementos se dêem de forma exitosa no público de hoje que difere sobremaneira dos jovens oriundos do interior do estado, sem perspectivas, sem direção mas que se desdobraram e fizeram da Instituição o que hoje ela se faz apresentar.

A prática deve persistir, a essência deve capturar cada vez todo aquele envolvido no processo do dar e receber conhecimento, técnicas e norte de vida.

 

Referências

 

SUETH, José C. R – MELLO, José Carlos – DEORCE, Mariluza Sartori – NUNES, Reginaldo Flexa. “A Trajetória de 100 anos dos Eternos Titãs – Da Escola de Aprendizes Artífices ao Instituto Federal”, 2009

CUNHA, Luiz Antônio. “O Ensino Industrial Manufatureiro do Brasil SP, Brasil Revista Brasileira de Educação, mai-ago, número 014 pp.89-107

FAUSTO, Boris. História do Brasil. 12 ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2007.

Site http//www.mte.gov.br – Lei e termos Projeto Jovem Aprendiz

 



[1] Professor do Instituto Federal do Espírito Santo – Campus Serra.

[2] Mestranda – Mestrado de História PPGHIS/UFES

[3] Professor do Instituto Federal do Espírito Santo – Campus Vitória / Orientador do Artigo

[4] Igualmente o discurso racial, do Estado Novo, segundo Boris Fausto (Fausto, 2007: 130), afastava-se do fascismo, ao menos em sua versão alemã. A ideologia nacionalista do regime procurava enfatizar as qualidades do homem brasileiro, ressaltando suas características sociais e seus atributos políticos. Ainda aí, verificam-se dissonâncias nos discursos de importantes ideólogos do regime: Oliveira Viana e Azevedo Amaral. Oliveira Viana insistia na pureza da raça ariana, que vinha resistindo à contaminação pelo sangue bárbaro de negro e índios. Azevedo Amaral acentuava o parasitismo dos mulatos e defendia a abertura das portas do Brasil à imigração branca.

Mulher de ontem, hoje e toda uma vida…

VLUU L100, M100  / Samsung L100, M100

Mulheres, todas elas, de invisíveis a presentes em todos os cantos, espaços e pensamentos quiçá nas preocupações de tantas mentes que não sabem como percebê-las. Na alma o anseio de apenas ser, conhecer, descobrir, surpreender, frutificar e marcar. Ser identidade, ser única ser alguém de ninguém. Mulher do suor da tua labuta frutificam sorrisos, olhares, suspiros, inveja e alucinações.

Muitas vezes lutamos até sozinha por algo que acreditamos. O que é nosso, faz parte da nossas vida não precisa revirar nosso intestino. O que faz parte da nossa vida vem com suavidade e de forma completa. Se estás lutando muito, PARE, ouça, olhe atentamente e ESPERE. Os nós serão desfeitos, as oportunidades surgirão e as portas se abrirão, mas é preciso não lutar contra sua própria alma.

Seu coração e sua alma sabem aonde é o seu lugar, qual a sua profissão,  o que te faz bem, mas a SUA VONTADE as vezes imperiosa luta para modificar o que já está pronto.

PARE e deixe o que te pertence se achegar.

Você suscita, reclama, intimida, ilumina o ser de quem norteia sua vida, caminhada e percurso. Congratulo a todas neste dia que disseram nosso. Esqueceram dos outros 364.

 

Maria, Mulher de Vitória do ES… (Publicado na Revista InVix)

Maria, Mulher de Vitória do Espírito Santo…
Algum mês de 1982, o sol brilhava no céu, iluminando o asfalto. O carro oriundo do Rio de Janeiro, cortava a Rodovia do Sol, percorrendo o litoral. Marataízes, Itapemirim, Piúma, Anchieta, Guarapari e ali aportei. Já no aposento destinado no Coronado Hotel, vesti um dos biquínis que pretendia comercializar no estado e desci para apreciar a Praia, além de perceber o potencial do mercado para meu produto. Deliciei-me no mar de águas mais frias que o Rio e bem mais fria que o Nordeste, imaginando o que precisaria fazer para viver neste lugar?!
Raiou o dia, continuei a viagem seguindo para Vila Velha. Contemplei a belíssima paisagem da ponte que me levaria até Vitória. Chegando na parte mais alta avistei as duas Ilhas, as quais ainda não sabia os nomes e senti um nó na garganta. Meus olhos lacrimejaram e me senti em casa, acolhida e a vontade. Foi uma sensação poderosa, forte e algo minha alma labutava para comunicar por meio desta reação orgânica. Segui até a Serra e daí parti por outra estrada a fim de retornar para o Rio de Janeiro. Assim aconteceu a declaração de amor da minha alma para a então Vitória do Espírito Santo. Uma forte convicção tomou conta do meu ser: Aqui era meu lugar embora seja nascida em outra linda ilha, Ilhéus na Bahia.
Daí para diante sucessivas tentativas de vir para o estado frustradas ocorreram. Em uma destas fui parar em Teixeira de Freitas aonde permaneci ainda por quase 09 anos. Um acidente de carro indo para Barra do São Francisco foi decisivo para de vez aportar em Vitória, minha casa meu canto.
Sol, chuva, tempestade, pó de minério, engarrafamentos, ausência de estacionamentos, nada, nada me incomoda. Estou aonde amo, de onde sou filha sem ser gestada ou parida, mas sou filha.
Bastarda ou quem sabe um dia serei reconhecida? Não importa, esta é minha Ilha, como Socó, perto da minha moradia que contemplo no raiar de todos os dias.
Paula minha filha quando chegou tinha quatro anos, hoje dezessete e ama igual a Ilha que lhe apresentei para viver. Psicóloga, Professora, Consultora em RH, sorridente, brava, não tem como negar minha presença, as vezes distante das mentes e perto dos fenômenos das gentes que passam pela minha vida. Admiradora de Rubem Braga, Roberto Carlos, Elisa Lucinda, Viviane Mosé, Leonardo e Angelita Scárdua, Mariana Sanz, Paulo Gois, Bene, Leonardo Pincinatti, vovó Ely, Elton Peterlle, capixabas ou não, mas pensadores, críticos, poetas e poetisas do seu lugar no mundo. Sou parte deste sol, destas ruas, da UFES, do Centro de Línguas, do Shopping Jardins e a encantadora prévia antes do filme geralmente cabeça, do Jardim da Penha e suas praças que faz se perder o mais encontrado dos indivíduos.
Escrever é apenas registrar o que acontece no meu sentir, o que reclama o meu pensar o que me faz minha alma debulhar sobre a natureza humana e a de Deus. Mulher no Espírito Santo tem no mínimo por obrigação parir coisas boas, pensamentos edificantes, atitudes que agreguem a este cenário único um sorriso no céu, no mar no jeito de ser e estar.
Biquíni??? Que nada! Cultura, informação, palestras, arestas, treinamento para fazer o humano que todos possuem dentro de si, se revelar, sair, debutar e se comportar em meio a tanta diversidade de ser, querer, ter e estar. Milito com, no e para o ser humano. Que venha a obscuridade, claridade lhe farei; que venha os nós, os desmancharei, que venham as lágrimas, as quais apoiarei no percurso do que é viver, descobrir e fazer o sujeito perceber, entender e agradecer o milagre de uma vida com saúde emocional.

Muito prazer, está é a Dna. Felicidade…

Oi!

Meu nome é Felicidade…

Faço parte da vida daqueles que tem amigos, pois ter amigos é ser Feliz.

Faço parte da vida daqueles que vivem cercados por pessoas como você, pois viver assim é ser Feliz !!!

Faço parte da vida daqueles que acreditam que ontem é passado, amanhã é futuro e hoje é uma dádiva, por isso chamado de presente.

Faço parte da vida daqueles que acreditam na força do Amor, que
acreditam que para uma história bonita não há ponto final.

Eu sou casada sabiam?!

Sou casada com o Tempo.

Ah! O meu marido é lindo!

Ele é responsável pela resolução de todos os problemas.

Ele reconstrói corações, ele cura machucados, ele vence a Tristeza…

Juntos, eu e o Tempo tivemos três filhos:
A Amizade, a Sabedoria e o Amor.

A Amizade é a filha mais velha. Uma menina linda, sincera, alegre.
A Amizade brilha como o sol. A Amizade une pessoas, pretende nunca ferir,
sempre consolar.

A do meio é a Sabedoria, culta, íntegra, sempre foi mais apegada ao Pai, o
Tempo. A Sabedoria e o Tempo andam sempre juntos!

O caçula é o Amor. Ah! Como esse me dá trabalho! É teimoso, às vezes só
quer morar em um lugar… Eu vivo dizendo: Amor, você foi feito para morar
em dois corações, não em apenas um. O Amor é complexo, mas é lindo, muito
lindo! Quando ele começa a fazer estragos, eu chamo logo o pai dele, o
Tempo e aí o Tempo sai fechando todas as feridas que o Amor abriu!!!

Uma pessoa muito importante me ensinou uma coisa:

Tudo, no final, sempre dá certo. Se ainda não deu, é porque não chegou o
final.

Por isso, acredite sempre na minha família.

Acredite no Tempo, na Amizade, na Sabedoria e, principalmente, no Amor.

Aí, com certeza, um dia, eu, a Felicidade, baterei à sua porta!

Tenha Tempo para os Sonhos.

Eles conduzem sua carruagem para as Estrelas.

Tenha um ótimo dia !!!

E não se esqueça…

Sorria !!!

Vontade dirigida (Autor desconhecido) Não lembro se escrevi este texto, por isso…não assumo.

A psicóloga recebeu em seu consultório um paciente com depressão aguda.
Segundo a família, ele estava naquele estado há mais de 5 anos e já havia tentado suicídio várias vezes.
Agora estava ali, diante da terapeuta, em busca de uma solução que o curasse de forma instantânea.
A terapeuta, acostumada a todo tipo de paciente, olhou-o no rosto e falou com firmeza: “Tenho duas notícias para lhe dar. Uma delas é que ainda não existe um remédio para a sua doença.”
O paciente contorceu-se na cadeira, e perguntou um tanto irritado: “e a outra notícia?”
“Bem, a outra notícia é que a sua cura depende da sua vontade”.
“Como assim? Eu não tenho vontade para nada. Não tenho vontade de trabalhar, nem de comer, nem de falar com pessoas. A vida não tem mais sentido para mim.”
A psicóloga, que o observava com atenção, lhe falou com voz muito firme: “você está cheio de vontade.”
Aí o paciente não se conteve, deu um murro sobre a mesa e retrucou nervoso: “a senhora está brincando comigo? Eu já lhe disse que não tenho vontade, Doutora.”
Sem se alterar, a teraputa voltou a afirmar: “o senhor tem muita vontade, sim. Tem vontade de não trabalhar, de não comer, de dormir, de não falar com ninguém, e vontade de se isolar do mundo.”
“Mas a vida não tem sentido para mim”. Tornou a dizer o paciente.
A psicóloga, conhecedora das causas que levam a pessoa a esse estado de ânimo, disse-lhe: “você está é com raiva do mundo e por isso deseja matar-se, para punir aqueles que o infelicitaram e que não consegue perdoar.”
Nesse momento o homem quase teve um surto. Levantou-se e gritou, enlouquecido: “Eu nunca vou perdoá-los! Meu patrão me despediu, acabou com a minha vida, meus irmãos me roubaram a herança e…”
E desfilou uma lista de nomes de pessoas que odiava com toda força de seu ser.
Então a terapeuta voltou a dizer: “somente quando você perdoar conseguirá se livrar desse ácido que o corrói e o está matando, dia após dia.”
E aquele homem enorme, falou entre dentes: “eu nunca vou perdoá-los”.
A terapeuta aproveitou a oportunidade para reafirmar ao seu paciente que ele estava cheio de vontade, mas dirigida para a própria infelicidade.
Vale a pena meditar sobre a direção que estamos dando a nossa vontade.
Até quando dizemos que não temos vontade, estamos usando nossa vontade para não sentir vontade.
Se dizemos que não sentimos vontade de viver, podemos afirmar que, na verdade, estamos com vontade de não viver.
Estamos com vontade de fugir do mundo, com vontade de dormir, de ficar num quarto fechado, com vontade de morrer…
Mas a vontade está ativa. Somente está sendo dirigida para onde nossa razão desejar.
Se você ainda não havia pensado por esse ângulo, pense agora.
Lembre-se de que a vontade é uma força neutra que existe em nós, capaz de definir nossas ações. Basta que saibamos dirigir essa força de acordo com nossa escolha.
Se escolhemos ter vontade de morrer, podemos direcionar essa força para a vontade de viver. A força não se altera, mas alteramos a direção.
Se escolhemos ter vontade firme de não perdoar, de manter o desejo de vingança, podemos dirigir essa força para a indulgência, para o perdão.
O que geralmente acontece, é que sentimos prazer mantendo esse estado de coisas. Sentimos prazer em chamar a atenção dos outros, fazendo-nos de vítimas.
Essa autopiedade é extremamente perigosa, pois pode nos levar a situações de maior infelicidade ainda.
Por todas essas razões, vale a pena direcionar a nossa vontade com lucidez.
Com o desejo sincero de construir a nossa felicidade efetiva, sem o prazer mórbido de infelicitar aqueles que nos infelicitam.